A temporada
aproxima-se do final e o nosso pelotão começa a engrossar. Por agora apenas se
mantém (grosso!) por pouco mais de uma dezena de quilómetros desnivelados, mas
pela qualidade dos “reforços”, alguns a regressarem de longa (demasiado!)
ausência, não se desmembrará tão facilmente durante muito mais tempo. Com
elementos da galhardia do Nuno Mendes e do Bruno Felizardo a afinarem a máquina,
certamente seremos mais do que a meia dúzia de “gatos pingados” que no último
domingo ficou na dianteira entre Alcainça e a Abrunheira, e depois daí definitivamente
até ao final da volta, ainda com menos de um terço do trajeto (do Barril)
percorrido. Situação que se repete (quase) todos os domingos. O motivo,
habitual, logo previsível, de o andamento ser demasiado forte desta vez não “cola”.
Então, porque é que se meteu passo tão rijo desde a subida de Guerreiros, não
se aliviou a caminho de Lousa e atacou-se a rude rampa da Venda do Pinheiro ao
nível do top-2 do Strava (está lá, Ricardo Afonso!) – o que é obra, na ocasião
apenas ao alcance da boa forma (e do ímpeto de curta duração) daquele, só acompanhado
pelo Capela e por um jovem “forasteiro” com o equipamento antigo (e bem!) da
LA. Os dois primeiros, depois da neutralização, voltaram à carga na subida de
Alcainça até à Abrunheira, dinamitando o que restava do grupo. Excesso, talvez,
mas não mais do que outras situações naqueles troços. O que se lamenta é a demissão
da maioria dos demais elementos (e repito, eram bastantes à partida de Loures)
de continuar a (tentar) integrar o grupo da dianteira ainda numa fase tão
madrugadora da volta, desprovendo de sentido (e de sucesso) qualquer tentativa
de neutralizar ou moderar significativamente o andamento para reagrupamento.
Se é para
ficar para trás logo aos 15 km, porque é que se inflaciona o andamento desde
início? Se é para dar meia volta ao cavalo tão cedo, porque é que se ataca as primeiras
subidas seletivas, deixando quase todos no vermelho, os mais débeis ainda mais,
e além disso, desmotivados pela noção de incapacidade e o sofrimento em vão?
Enfim...
No pequeno
grupo que integrei a partir da Abrunheira, com o exemplar Bruno de Alverca, os
poderosos (em muito boa forma) Capela e Duarte, o ascendente Tiago Branco e o jovem do LA (que anda
muito bem) e o esforçado e abnegado Mota, faz-se bom ciclismo, com oscilações
de ritmo e cooperação na frente. No meu caso, as limitações físicas causadas por
um súper treino na sexta-feira anterior aumentaram a exigência com tão forte
companhia e um percurso bastante acidentado, e no final, a constatação que, além
do referido Bruno, não restava mais elementos do núcleo de «assíduos» do grupo
Pina Bike. Mas, como antecipei na primeira parte desta crónica, tenho a
esperança que, apesar de a temporada estar a dar as últimas (eu incluído), há
reforços a chegar. Ou então, as voltas sempre a rolar, já no próximo domingo. Aguardemos...