Aproveitando a “deixa”,
resumo a Volta do Oeste a mais uma excelente tirada, bastante concorrida, em
dia de contra-relógio por equipas Alverca-Reguengos, com presença meritória da
equipa Pina Bike.
O ritmo foi bom desde a
saída de Loures, sempre certinho por Guerreiros até Lousa, mas a partir daqui tornou-se
mais irregular devido ao empertigamento de alguns, em curtas mas fortes
acelerações. Foi o caso do Jony na subida após Lousa, com esticão a que apenas
o Tiago Martins e o André conseguiram responder. Mas foi só isso, uma explosão ao
estilo do mecânico de S. João da Talha! Maior consistência, ele guardou para
mais tarde...
Na subida da Venda do
Pinheiro, as primeiras intensidades a sério, com os mesmos protagonistas mas
com papéis invertidos. O Martins e o André a imporem o ritmo e o Jony a
responder na parte final para fechar o espaço. O pelotão ficou, pela primeira
vez, fracionado – mas a neutralização que se seguiu reuniu-o.
A descer para Vila Franca
do Rosário, elevadas velocidades e mais cortes, que fizeram alguns deixarem
alguma energia desnecessariamente na estrada (eu incluído!). O ímpeto
manteve-se e parecia, agora, com harmonia e mais colaboração – pelo menos com
os que tinham mais “pedal” disponíveis para não deixar o andamento baixar a
caminho de Torres. Por estas alturas juntou-se o Paulo Pais e o seu camarada
Nelinho, e pouso depois, no Carvalhal, o André partiu um raio e ficou apeado...
A subida de Catefica foi,
por isso, moderada, para que o pelotão ficasse, de novo, compacto – mas depois
voltou-se à toada veloz. E de que maneira! Primeiro ajudada pela planura do
terreno – e pelo músculo do Jony – mas também depois, quando o relevo se tornou
mais acidentado. De Torres a Encarnação, 36 km/h de média! Pelo meio, na subida
de S. Pedro da Cadeira, o Tiago Pereira (até aí discreto e até remetido à cauda
do pelotão...) entrou ao ataque mas rapidamente aliviou, pegando eu no andamento,
e na parte final também o Capela. Na Encarnação, subida mais repartida: os
Tiagos a meterem o passo inicialmente e o Paulo Pais a... meter todos no
vermelho até à aceleração final que desmembrou o grupo da cabeça. De tal forma,
que só houve reagrupamento pouco antes de voltar a... desagrupar – no início da
Picanceira – a subida “grande” da jornada.
À entrada desta, passei novamente
a meter o ritmo, o melhor que podia..., mas distante de ser top! Falta de pernas
“oblige”. De qualquer modo, houve seleção imediata – apenas os Tiagos e o
Capela se mantiveram - e só depois da aldeia da Picanceira as primeiras mexidas,
quando o Pereira ensaiou mais um ataque. Todavia, o Tiago contra-atacou bem e
partiu “a solo”, mas não definitivamente. O Capela procurou fechar o espaço mas
só conseguiu que a distância não aumentasse, e não demorou a que as posições
estabilizassem, ficando o seguinte figurino: Martins na dianteira, com cerca de
30 metros de vantagem para o Capela e este à mesma distância do Pereira; e idêntica
entre este e eu. Com o atenuar da inclinação da subida, as diferenças começaram
a esbater-se e os três da dianteira juntaram-se, embora sem depois haver
colaboração e beneficiou a minha reaproximação. Foi isso o que lhes disse
depois de os alcançar e de recuperar o fôlego antes da descida e da rampa final
(para a rotunda da Barreiralva). De tal modo que fui eu fazê-la... a puxar o impávido
trio! O Bruno de Alverca não demorou muito mais, também ele tirando proveito do
impasse entre os (que pareciam!) mais fortes.
A subida foi intensa, mas nada
brilhante, e não creio que apenas para mim (às voltas com as limitações
musculares). Senti que os restantes (refiro-me o trio da dianteira) também não
estavam nos seus melhores dias.
Após o topo, durante o
relaxe até à Murgeira, o Capela, ao seu estilo, lançou-me a crítica/conselho:
«Tens de te defender mais dos mais novos» – referia-se os Tiagos! Tinha (tem) toda
a razão, mas em ocasiões em que eu não tiver interesses de treino/sentir as
sensações, como nesta! Por sinal, nada boas...
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