sexta-feira, agosto 31, 2012

Domingo: Marginal, Peninha


A volta do próximo domingo poderia muito bem ter estatuto de Clássica. É a da Marginal, com subida à Peninha de Sintra. Uma das «grandes» do nosso calendário, com percurso supercompleto e que normalmente mobiliza numerosa e conceituada adesão.

Infelizmente não poderei estar presente, portanto, não se percam! E desfrutem... 
 
NOTA: A concentração e partida VOLTA AO LOCAL HABITUAL - AS BOMBAS DA BP DE LOURES. Partida às 8h30. 

quarta-feira, agosto 29, 2012

Crónica da Ericeira, Carvalhal


Pois é!... Não foi a falta de aviso que a volta da Ericeira, pelo Carvalhal, no último domingo, se revelou um osso duríssimo de roer para grande parte dos seus participantes. O percurso acidentado, autêntico parte-pernas, a distância a ultrapassar os 100 km e o fator-extra do vento moderado que soprou desfavorável durante a primeira metade do trajeto, recomendavam a uma criteriosa gestão de esforços, principalmente na fase inicial, pela oposição do referido agente natural, e porque as dificuldades do relevo não tardaram – além de se apresentarem em castigadora sucessão.

Logo, o ímpeto, principalmente a partir de Bucelas para a longa ascensão à Venda do Pinheiro, pareceu desaconselhável. Ressalvo que, no meu caso, tive como objetivo predefinido avaliar o estado de forma e, sempre que fosse possível, não me pouparia a desgastes.

De qualquer modo, foi apenas a espaços que passei pela frente nessa subida, depois de ter encabeçado quase sempre o grupo de Loures a Bucelas, em parceria com o Rui Torpes. A partir de Bucelas, foi mais o Pedro da Amadora a alinhar com aquele, e os dois, bem animados, elevaram o andamento para lá do expectável, tendo em conta o muito que havia a percorrer... E mais ainda o Pedro, que desbaratou força em algumas acelerações (violentas!) nas passagens mais rudes da Chamboeira, obrigando a maioria dos elementos do pelotão a terem de se empenhar para não perder o comboio. Ficou desde logo explícito que o entusiasmo - digo eu, exagerado... – deixava madrugadoras marcas de desgaste nas pernas. Quando se atingiu o topo, o grupo já estava obviamente fracionado, cumprindo-se a prevista neutralização.

A ligação entre a Malveira e o cruzamento do Livramento fez-se a boa velocidade, aproveitando a descida rápida e com o surgimento de mais elementos a passar pela frente, alguns dos que não tiveram essa oportunidade na subida anterior. Mas, desde que saímos da estrada nacional para a subida que leva ao interior da localidade, tomei as rédeas, forçando o andamento e mantendo-o, já depois, a caminho do cruzamento na base da Pincanceira, por um terreno em sobe e desce, exposto ao vento. E voltei a insistir na mesma toada na ascensão para a Encarnação e ainda no interessante carrossel até à rampa final, na Galiza.

No início desta, o Torpes acelerou e teve resposta pronta do Pedro, ambos se mantendo com cerca de 20 metros de vantagem durante a subida para um grupo de perseguidores liderado por mim, que acabou por perder quase todas as «peças» até ao alto. Aqui, o duo chegou ligeiramente destacado, demonstrando que o Pedro se encontra numa boa forma. No entanto, ainda estávamos longe do final desta árdua volta...

De imediato, deparamo-nos com as duras rampas de Ribamar e Ribeira d’Ilhas... para massacrar mais um pouco – e à passagem pela Ericeira já eram evidentes os sinais de fadiga no seio do pelotão. Ainda assim, foram poucos os que «tiraram bilhete» logo no início da subida para o Pobral (Foz do Lizandro), perante o ritmo, mais uma vez intenso, que imprimi. Mas, quando, de forma impressionante, o Torpes saiu disparado de trás, ganhando várias dezenas de metros com enorme rapidez (e subíamos a 30 km/h!), só sobraram os mais fortes. Eu procurava não perder muito mais (nos limites!!) e sentia na minha roda apenas um elemento: o Pedro, até aos derradeiros 500 metros. No entanto, no alto, comigo já na companhia do Torpes, foi o Bruno que primeiro chegou a nós, depois de ultrapassar o Pedro.

E ainda não era tudo: faltava ainda o principal prato do dia: a subida do Carvalhal. Novamente, desde a base passei para a frente, ficando rapidamente apenas com o Torpes, que, apesar de em diversos pontos da ascensão demonstrar que partiria isolado, fez questão de me oferecer a roda, num fantástico incentivo que, a espaços, fez superar-me. Um esforço a «top»! Seguindo os melhores se progride...
 
No alto, o Bruno demonstrou que é um trepador «suave» mas muito resistente, chegando destacado dos demais, todos com fortes sinais de fadiga. Para alguns, era o início de um suplício até ao final... Ao ponto, de partir de Igreja-a-Nova, apesar do andamento moderado, mais ninguém ter seguido o quarteto composto por mim, o Torpes, o Bruno e um dos elementos do «jersey azul e branco» - que se manteve até à Malveira, quase sempre liderado pelo Torpes, amiúde experimentando progressões mais fortes que contribuíram, no meu caso, para limitar a autonomia dos depósitos ao – felizmente pouco... - que ainda faltava cumprir. E que foi, na boa companhia do Bruno, a ligação a Alverca por Bucelas e a Romeira, já em descompressão.

E ficou feito!... Até que, a meio da tarde, começo a receber sms do Alex a dar-me conta dos «empenos», a que ele próprio admitia não ter escapado. E que o Pedro Fernandes, outra vítima (agravada por morar muito mais longe...), também já relatou em comentário ao «post» anterior a esta crónica. Afinal, sem surpresa. Esta volta tem tanto de espetacular como de exigente!

sexta-feira, agosto 24, 2012

Domingo: Ericeira (Carvalhal)

No domingo, a volta é a da Ericeira, com a passagem pela subida do Carvalhal. Um percurso bastante interessante e exigente, dos que mais aprecio no nosso calendário. Dada a sua natureza, recomenda-se alguns pontos de neutralização para reagrupamento, caso seja necessário:
-Venda do Pinheiro (ou rotunda da Malveira)
-Final da subida de Quintas (no cruzamento com a estrada de Ribamar-Ericeira)
-Final da subida do Carvalhal (Igreja-a-Nova)

Recorde-se que a concentração é nas bombas da Galp, junto ao parque da cidade de Loures.
Partida às 8h30.

quarta-feira, agosto 22, 2012

Crónica do Parque Eólico da Carvoeira


A volta do Parque Eólico da Carvoeira, no passado domingo, coincidiu com o «pico» do Verão, entalado entre as duas quinzenas do tradicional mês do ócio: agosto. Talvez por isso a adesão de participantes tenha estado abaixo das mais recentes concentrações, para mais considerando o interesse do percurso. De qualquer modo, o tempo convidava mais a uma ida à praia do que a enfrentar, principalmente, as duras rampas, de mais de 15%, que são final de etapa do Grande Prémio Joaquim Agostinho.

No entanto, apesar do encurtado pelotão – era mais um pequeno grupo... – que saiu de Loures (eu, Jony, Bruno, Tiago e Pedro Fernandes), ao que ainda nos primeiros quilómetros se juntaram o Alexandre, o Salvador e o surpreendente Zé (é para continuar a aparecer, camarada!), o andamento foi vivo desde o Tojal para Bucelas, quase sempre estimulado pelo Jony, que o tornou ainda mais intenso a caminho do Vale de S. Gião. Neste setor alcançamos o trio Zé-Tó, Carlos do Barro e Samuel já muito perto da neutralização na rotunda de S. Gião, onde aguardámos, em vão, pelo Salvador que se tinha atrasado na subida face à inclemência do Jony, que insistiu, em quase toda a extensão daquela, num andamento rijo, qual Renato Hernandez, na ausência deste...

A partir daquele ponto, também já com o André (que descia com os Duros, com que nos cruzámos perto de Casais da Serra), rumou-se a Dois Portos pela estrada da Póvoa da Galega e Sapataria, agora com um passo bem mais moderado – e por isso com mais elementos a passarem pela frente. E ainda outro se juntou: o camarada Xico Aniceto, do Ciclismo 2640, uma presença que sempre se saúda!

Quase até ao início da subida principal do dia, para o Parque Eólico, o andamento foi tranquilo, certo, facilitando a integração de todos os participantes na volta. Quase, porque nos derradeiros quilómetros o André forçou o ritmo para não deixar ninguém entrar «fresquinho» na ascensão, e desde os primeiros metros meteu o seu ritmo, destacando-se imediatamente. Apenas o Xico, até ao primeiro «muro», conseguiu acompanhá-lo. Algumas dezenas de metros atrás, eu lidava com pinças as limitações musculares face às fortíssimas percentagens duas principais rampas da subida, no rescaldo de uma semana de treinos durinhos (acima de tudo a véspera). Entretanto, o Jony – que pareceu em recuperação – assomou-se ao meu lado e deixou-me para trás na fase final do segundo «muro», alcançando o topo após o André e o Xico.

Os restantes não tardaram, com o Bruno e o Tiago a demonstrarem que estão em forma e são valores confirmados no nosso grupo, tal como o abnegado Alex, que chegou numa recuperação para aqueles em grande estilo à chegada ao alto (relembre-se que a subida só termina junto às ventoinhas e não no cruzamento...), com o esforço estampado no rosto, confirmando que é um «Pina» de fibra. O Pedro Fernandes e o Zé seguiram-se.

Após a ligação à Ereira, a descida para Casais Brancos e Merceana, o prato seguinte estava pronto a ser servido. Sem os suspeitos do costume, pensou-se que ninguém assumiria despesas muito elevadas, mas foi engano. O André (?!) e o Xico tomaram a rédeas e até este último nos deixar, em Carmões, partilharam a liderança do grupo com um ritmo médio-alto, sempre certinho. Depois, mesmo sozinho, o André continuou a insistir (invulgar nele ou nem tanto, por não sentir «ameaça», na ausência dos ditos... suspeitos do costume), e à passagem pela Freiria tornou o andamento acima do limite para as minhas «doridas» pernas. Mas só para as minhas, porque as dos restantes, com mais ou menos facilidade, não o deixaram muito tempo isolado. O Jony foi o que respondeu mais prontamente, apesar de forçado a fechar o espaço para o André, que se abriu quando abdiquei. De resto, até eu, depois de uns instantes em que os quadríceps ficaram em brasa e tive de arrefecê-los, recuperei mais facilmente do que previa.

Até ao Sobral e depois para o Alqueidão a ordem manteve-se sem mais achaques. E depois, nada melhor que a longa descida para Bucelas para sacudir as pernas...

No próximo domingo, uma das voltas mais interessantes, em minha opinião, da temporada: Ericeira pelo Carvalhal. Bela, intensa, estimulante... como se quer! Em breve, a apresentação.  

     

sexta-feira, agosto 17, 2012

Crónica da Abrigada... Parque Eólico da Carvoeira

A volta da Abrigada voltou a confirmar o atual bom momento de forma dos elementos que, globalmente, se apresentam aos domingos. Todavia, num percurso que teve de quase tudo, as exigências da fase final, coincidentes com a elevação da intensidade do andamento, foram rigoroso exame às capacidades dos participantes, aplicando-lhes uma fortíssima triagem.

O Renato Hernandez apresentou-se à partida, mas desde cedo surpreendeu... Ao contrário do que lhe é habitual, dispensou esforços contínuos à frente do pelotão, preferindo empregar a energia em pontos específicos, cirurgicamente. Diga-se que, acima de tudo, ganhou o pelotão, onde outros intervenientes puderam participar na condução do grande grupo – embora não tantos quanto seria expectável dada a «ausência» do trem do Infantado! Por isso, acabei por passar mais frequentemente que o habitual à cabeça, o que também foi uma prova de subida de forma – e de um dia em que tive, quase sempre, boas sensações.

O primeiro momento de «calor» ocorreu no topo da variante de Alenquer, com o Hernandez e o Jony a imprimirem uma passada vigorosa que causou o estiramento do pelotão, que voltou a compactar-se até à Ota. Para logo voltar a sufocar-se, alongando-se na subida das Marés devido à primeira intervenção «cirúrgica» do Hernandez. Bastante forte! Mas o grosso da coluna resistiu estoicamente – e esta foi, talvez, a principal demonstração do bom nível global.

Da Abrigada à Atalaia andou-se moderadamente em carrossel, promovendo a cavaqueira e laivos de fina ironia sobre os «jovens com pernas que não fazem gastar uma caloria sequer a puxar pelos outros».

Franqueada a Atalaia, os topos do Freixial mostraram muito boas pernas... mas do Jony, que lançou o pelotão, cada vez mais desgastado, sem lhe dar tempo de recuperar o fôlego, em vertiginosa descida até à Merceana. E quando se pensava que haveria esse tempo, embora curto, até ao início da longa ascensão para o Sobral, eis que o Renato volta a surpreender, desta vez antecipando-se, em velocidade – não em esticão -, à frente do grupo, abrindo-se desde logo um espaço que, num primeiro momento, só o Jony fechou – e que mais tarde, quando já era considerável, também o Duarte transpôs com êxito! Estava lançada a subida, ainda um pouco antes de se iniciar...

Na primeira fase da inclinação, a mais acentuada, o trio pareceu coeso, com o Jony e o Duarte bem fechados na roda do Hernandez – que, por instantes, aliviou, permitindo que, de trás, um pequeno grupo encabeçado pelo «puto» Tiago (que me incluía, ao André e ao Bruno) conseguisse encostar aos escapados. Mas foi sol de pouca dura: o Renato voltou à carga. E não apenas os que acabavam de chegar (o Tiago começou a vacilar), mas também os parceiros do batetista tiveram de abdicar, acabando por ser absorvidos pelo nosso quarteto, que agora era eu que conduzia.

Às tantas, o figurino pareceu definido, com o Renato a destacar-se, imparável, e um restrito lote de perseguidores. No entanto, outra surpresa! O líder alivia os crenques ainda antes de começar a subir para Carmões e aguarda pela nossa chegada, desde logo retomando o seu passo mortal... Seria sadismo!

De qualquer modo, a partir desta fase, mais suave, já se tornava menos difícil manter-nos na roda e o único a considerar que ainda era demais foi o Duarte, certamente porque competira na véspera. A subida fez-se em tempo recorde (pessoal), com 17.53 minutos, à média de 32,3 km/h.

A partir do Sobral, onde parei para cumprimentar os camaradas do Ciclismo 2640, passei a integral um grupo de seguia mais atrasado, que inclui o Pina, o Freitas, o Alex, o Felizardo e um estreante, subindo ao Alqueidão tranquilamente e descendo para Bucelas já nem tanto... À média de 50 km/h! Um deleite depois das agruras da ligação Merceana-Sobral!

A volta do próximo domingo é a do Parque Eólico da Carvoeira, onde se acede pela duríssima rampa que é chegada da etapa-rainha do Grande Prémio Joaquim Agostinho. Mas este é apenas o ponto mais quente do percurso, cujo final repete o da semana passada (Merceana-Sobral-Bucelas). A saída é às 8h30, das bombas da Galp, em Loures, junto ao parque da cidade.                       

terça-feira, agosto 14, 2012

Volta do feriado

Volta de amanhã, quarta-feira, dia 15 (feriado nacional... pela última vez!): partida às 8h30 das bombas da Galp, em Loures (junto ao Parque da Cidade). Percurso a definir no momento.

quarta-feira, agosto 08, 2012

Domingo: Abrigada

No passado domingo, o grupo voltou a «animar-se» em mais uma volta exigente, a de Santana da Carnota. Por ter estado ausente, não poderei redigir a habitual crónica, resumindo-a a alguns destaques que me foram transmitidos por participantes.
Assim, uma semana após a rija Clássica do Cartaxo, o pelotão voltou a rechear-se de elementos com elevado nível de preparação - casos dos repetentes Renato Hernandez e Renato Ferreira, Rui Torpes, Jony, entre outros -, sempre disponíveis a colocar os níveis de intensidade nos píncaros, impondo andamentos que puxam pelo coiro e a forma dos demais. Há que aproveitá-los!
No próximo domingo, a volta é a da Abrigada, com percurso menos seletivo que o das anteriores e que se caracteriza por uma primeira metade mais plana, até ao eixo à Ota, ao que se segue um terreno parte-pernas, no eixo Ota-Abrigada-Atalaia-Merceana. E finalmente, uma derradeira fase mais desnivelada, com as subidas para o Sobral e Forte do Alqueidão, antes de nos fazermos à descida para Bucelas e Loures. Distância total: 103 km. ATENÇÃO: LOCAL DE PARTIDA: BOMBAS DA GALP, JUNTO AO PARQUE DA CIDADE.

Entretanto, com agosto já bem adentro, perfilam-se os derradeiros grandes desafios da presente temporada. Desde logo, antes do especialíssimo Roteiro dos Muros, este ano integrado no calendário domingueiro (dia 16 de setembro), encarreiram-se S. Julião e a sua terrível ascensão ao parque eólico da Carvoeira (imediatamente a seguir à volta da Abrigada, dia 19 de agosto), a Ericeira com a passagem pela interessante subida do Carvalhal (na semana seguinte), Marginal-Sintra, pela famosa rampa da Penina (no dia 2 de setembro, ao que deverei faltar, com lamento...) e Montejunto (por Prajança), que certamente terá presença massiva (os camaradas dos Duros devem juntar-se), a realizar no dia 9 de setembro – uma semana antes do Roteiro dos Muros.

Por fim, a Clássica dos Campeões – no dia 30 de setembro, com o seu superpercurso - será a antecâmara do GranFondo Sky Road Aldeias do Xisto, (dia 3 de outubro), e só depois a temporada culminará na Clássica Pina Bike (dia 21 de outubro), cujo trajeto estará, certamente, ao nível dos pergaminhos deste forte e competitivo grupo de ciclismo.        

sexta-feira, agosto 03, 2012

Clássica do Cartaxo: a crónica


A Clássica do Cartaxo-2012 confirmou o estatuto ascendente desta incursão ribatejana à de terceira mais importante, mais participada e que maior interesse motiva entre as que compõe o nosso calendário, para já apenas atrás da Clássica de Évora e de Santarém. Esta edição, realizada no passado domingo, reuniu uma vez mais um pelotão numeroso e bem recheado, que graças ao contributo de algumas figuras proeminentes teve um andamento digno de uma prova de maior gabarito, com a média final a rondar os 37 km/h.

Devemo-lo a um lote muitíssimo restrito de elementos que abrilhantaram o pelotão com a sua presença destacada e generosa disponibilidade, em especial o inevitável Renato Hernandez e o estreante - mas que dispensa apresentações - Sérgio Marques, triatleta federado com importantes resultados a nível nacional e reputado participante em Iron Man. Praticamente, mano a mano, conduziram o pelotão de cerca de 70 a 80 unidades, impondo um ritmo que poucas vezes permitiu que outros partilhassem a liderança, assegurando nível idêntico. Por isso, aos demais restava resistir à extraordinária e incansável boleia que durou esmagadora parte do percurso, e não apenas quando foi mais favorável a rolar, como durante toda a primeira metade, até ao Cartaxo. Basta dizer que Sérgio Marques apresentou-se com bicicleta de triatlo.

Mas se, pelo seu esforço, foram estas as principais figuras desta Clássica, não terá sido por falta de parceiros com créditos firmados nas andanças do ciclismo amador da nossa região que se mantiveram praticamente sem ajuda na sua tarefa. Esta Clássica terá sido, reforça-se, uma das que mais «bons nomes» reuniu, e que apenas começaram a assomar-se das posições cimeiras na passagem pelo primeiro setor mais seletivo, na Espinheira, onde houve o primeiro abalo à toada reinante, com acelerações e contra-ataques que causaram a primeira grande machadada no pelotão, até bem coeso e compacto. Todavia, a maioria passou e manteve-se integrado.

De qualquer modo, devido a mais constantes alterações de ritmo, à chegada ao Carregado, antes do segundo troço mais acidentado (Cadafais-Arruda) restava a terça parte do pelotão que arrancou de Loures. E esperava-se que até Arruda, muito maior desbaste houvesse. Todavia, se tal sucedeu, não foram tantas como ser de prever, e ocorreram mais pela fadiga acumulada do que pelo andamento. Frise-se que, ainda nesta altura, o comando continuava a ser hegemonicamente partilhado pelo Hernandez e o Marques, que não permitiram que algumas iniciativas ténues fossem muito longe (recordo-me de uma do Vítor Mata-a-Velha...)

Após Arruda, chegava, enfim, o que poderia ser o primeiro ponto quente, a causar mossa entre os melhores preparados: a subida de A-do-Barriga. Contudo, as locomotivas pediram tréguas em jeito de paragem para reabastecimento, logo no início da subida, devido à escassez de líquidos nos bidões. Mas apenas alguns cumpriram (respeitaram!), quando, no mínimo, seria uma questão de princípio, pelas naturais necessidades dos que mais energias gastaram. De qualquer modo, esta situação em nada desvirtua o sucesso da Clássica, apenas lhe retirou, digamos, uniformidade.

No reatamento, encontrava-me num grupo de elite, com o Hernandez, o Marques, o Renato Ferreira, o Rui Torpes, o Jony, e mais um ou outro elemento, que se fez a A-do-Barriga com intensidade. E em que, surpreendentemente, eu dei o mote para animar o ritmo (em melhoria evidente de sensações desde o início da tirada e a anos-luz do empeno da semana transata, em Sto. Estevão). Perto do topo, o Jony rendeu-me em altíssimo regime. No limite!

Desde que o andamento se tornou mais rijo na subida, o Hernandez começou a sentir dificuldades e teve de moderar o ritmo, provavelmente sucumbindo ao cansaço. Justificava-se. E isso tornou-se mais evidente, no Cabeço da Rosa, que subiu em ritmo de contenção. Quem não parecia acusar o esforço era o Sérgio Marques, que subiu à ilharga do Torpes, cujo desgaste não poderia ser comparável – e que demonstra não apenas a categoria do triatleta, como o seu ótimo momento de forma.

No encalço destes, mas a distância crescente, eu e o Renato Ferreira - o que só abona a meu favor, e apesar deste ter mantido um passo nitidamente económico... – como que a antever que no alto estaria o seu pai a aguardá-lo, devidamente apetrechado (de bike) para o levar, em segurança e na melhor companhia que poderia ter, até casa, um pouco adiante, em Bucelas.

Destaco ainda a ótima subida do Tiago (jovem recruta do Pina Bike), que confirmou as boas indicações que tinha deixado na volta de Torres, há três semanas. Parece que o não engana: há ali trepador! Até ao Tojal, ainda reentraram mais alguns elementos (Nuno Mendes, Hernandez, Bruno) dos poucos que subiram o Cabeço da Rosa e que estavam no grupo que neutralizou em Arruda e do que foi alcançado em Alverca (seguiu em andamento moderado). Desconheço as incidências no grupo que nesse ponto preferiu continuar...

Uma última palavra, de conforto, para o ciclista que sofreu uma queda pouco antes de Cruz do Campo. Parece que fraturou o pulso: rápidas melhoras! E ainda para a presença sempre destacada do camarada Paulo Pais. Bem hajas!

 No próximo domingo, a volta é de Santana da Carnota (ver percurso).
ATENÇÃO: ALTERAÇÃO DO LOCAL DE PARTIDA DEVIDO AO ENCERRAMENTO DURANTE O MÊS DE AGOSTO DAS BOMBAS DA BP, POR MOTIVO DE OBRAS. O NOVO LOCAL DE CONCENTRAÇÃO SÃO AS BOMBAS DA GALP, JUNTO AO PARQUE DA CIDADE (LOURES). A HORA MANTÉM-SE: 8H30