segunda-feira, agosto 30, 2010

Crónica da Abrigada

A volta da Abrigada cumpriu os objectivos que se poderia propor a último teste antes da Clássica da Serra da Estrela, no próximo sábado. Para muitos que tiveram nela a avaliação ao estado de forma ou o derradeiro apuro antes da jornada serrana, parece ter servido perfeitamente. Houve momentos de intensidade que permitiram aferir as respostas do físico às solicitações que, com certeza, serão muitas e bastante exigentes na alta montanha.
A primeira metade do percurso decorreu a ritmo vivo, ainda que moderado e sem grandes oscilações. Devemo-lo, principalmente, à acção do Freitas, cuja presença foi assídua na dianteira do pelotão. Em longa fase plana, rolou-se quase sempre em redor dos 35 km/h, não permitindo, assim, distância suficiente a que a dupla Capitão e João do Brinco, em fuga desde muito cedo (a seguir ao Tojal), pudesse durar. Pouco depois da Castanheira do Ribatejo seria anulada.
Agora, em pelotão compacto, fez-se a ligação a Alenquer, onde o topo da variante serviu, como é habitual, para ter acelerar o pulso. Entrava-se num sector em que a planície dava lugar a terreno mais acidentado, uma espécie de parte-pernas.
A partir da Ota passei para a frente do pelotão, em parceria com o Bruno (Carb Boom), partilhando a condução do grande grupo até à Labrugueira, a bom ritmo (32 km/h de média neste sector). Esta exposição ao desgaste permitiu-me aferir atéque ponto estaria recuperado da virose que me adoentou no início da semana. O veredicto foi dúbio: recuperado, sim, mas ainda debilitado.
Por isso, quando se deu a renovação à frente do pelotão, com a entrada ao serviço do Jorge e do Carlos Cunha na aproximação à subida da Atalaia, senti-me com os depósitos meio vazios. A prova foi que, logo à saída da Aldeia Galega, no início da longa ascensão para o Sobral, as movimentações entre os mais fortes (e até aí resguardados...) deixaram a descoberto a minha incapacidade para os seguir. Pois, a perda de alguns metros numa aceleração inicial revelou-se irrecuperável.
Foi o Jorge que deu o mote (o Contador de Alverca está em forma e «apontada» à serra!), mas o Bruno deu-lhe seguimento, fraccionando totalmente o pelotão que se transformou rapidamente em pequenos grupos com andamentos descompassados.
Na frente ficaram cerca de 6/7 elementos depois de se terem «perdido» alguns, vergados ao ritmo de respeito. Na perseguição, reuniu-se um trio em que me incluía, com o Renato Hernandez (saudado regresso!) e o Alex, e que cedo percebeu que a recolagem ao grupo da dianteira seria tarefa homérica, apesar do enorme esforço partilhado – que valeu bem a pena! Impressionou-me o Hernandez, que a cumprir uma fase de regresso às lides, ainda longe da capacidade que lhe reconhecemos, mostrou que a força e a fibra são-lhe inatas. Merece elogio também o Alex, pelo esforço que fez, sem desistir nunca, para se manter no duo, numa prova que é dos tais com espírito de sacrifício.
Depois do reagrupamento no Sobral, a subida para o Alqueidão teve os mesmos protagonistas e voltou a demonstrar a lei dos mais fortes. Entre estes, desta vez, houve diferenças. O Contador de Alverca deu novamente largas ao invejável momento de forma que atravessa e na fase final da subida meteu um passo sério que apenas o (nosso!) conterrâneo Carlos Cunha conseguiu acompanhar.
Por fim, a descida para Bucelas, como sempre convidativa a cavalgadas. Desta vez, começou a meio gás, mas acabou em grande estilo com sprint lançado para mano-a-mano entre o Freitas e o... surpreendente Cunha. Não se fez a média louca de há uma semana (50 km/h), mas não faltou velocidade e adrenalina. Sempre nos limites da segurança e do desportivismo.

Entrámos na semana final da contagem decrescente para a Clássica da Serra da Estrela, a realizar no próximo sábado, na Covilhã (8h00). Está tudo a postos e a máquina está em marcha... imparável.
À atenção de todos os que preparam a sua participação, resta privilegiar a recuperação através de um equilíbrio entre actividade e descanso, e que cada um se consciencialize do desafio enorme e engrandecedor que tem pela frente, e principalmente do seu elevado nível de exigência. Que ninguém duvide: esta primeira Clássica da Serra tem um traçado de eleição – que pouco ou nada fica a dever às grandes «marchas internacionais». Vamos, acima de tudo, desfrutar!
Todos os pormenores sobre o evento em: www.classicaserradaestrela.blogspot.com

quinta-feira, agosto 26, 2010

Domingo: Abrigada

No próximo domingo, a volta é a da Abrigada, por troca com a Clássica do Bombarral, em virtude da proximidade da Clássica da Serra da Estrela, que já é no fim-de-semana seguinte (sábado, dia 4 de Setembro). O Bombarral «transita», assim, para dia 17 de Outubro.
O percurso da Abrigada (104 km) não apresenta grandes dificuldades, apenas um «parte-pernas» a partir desta localidade, pouco antes de metade do percurso (46 km) e após a primeira fase quase totalmente plana, por Alverca, Vila Franca e Alenquer. O sector mais exigente vem a seguir, com a suave mas longa subida da Merceana para o Sobral, e a continuação para o Forte de Alqueidão, num traçado semelhante ao final da volta da Serra de S. Julião, no passado domingo.

ATENÇÃO: Novas informações sobre a Clássica da Serra da Estrela: instruções sobre procedimento no decurso do evento (www.classicaserradaestrela.blogspot.com)

quarta-feira, agosto 25, 2010

Crónica de S. Julião

A subida à Serra de S. Julião, no passado domingo, foi o momento alto de uma volta que teve outras fases interessantes, com o contributo do percurso ser desnivelado. No meu caso pessoal, agravou os sintomas de gripe (ou virose de outra estirpe) que sentia de véspera e que me fez cair «de baixa» nos dias seguintes.
A saída de Loures foi mais intensa que o recomendável para este tipo de voltas... normais. Principalmente, a partir do momento em que o André decidiu apertar o passo e o pelotão sair em sua perseguição. O Salvador ainda o acompanhou algum tempo, mas apercebeu-se que o «puto» tinha intenções de não aliviar e, previdente, deixou-se descair para o grupo, que procurava não perder o fugitivo de mira.
Até Bucelas, se o ritmo foi «um pouco acima» quando se iniciou a subida, no Freixial tornou «muito acima». Pelo menos, para metade do pelotão que imediatamente se dividiu. À frente, um grupo (Mário, Torpes, Jorge, Pedro e um conterrâneo de Alverca «Palmeira-Tavira» que, com outro companheiro, já confirmaram a presença na Clássica da Serra da Estrela) tentou reduzir a distância para o André, mas a maioria viria a abdicar antes do Forno do Coelho, deixando apenas o Mário e o Rui Torpes na perseguição. No segundo grupo, encarreguei-me de gerir o andamento de forma a que todos (Alex, Gonçalo, Salvador, Evaristo, Capitão...) seguissem e sem perder muito tempo para a dianteira. Creio que foi conseguido.
Após a rotunda de Vale de S. Gião, juntámo-nos aos restantes que perseguiam o André, que se mantinha isolado. E continuei à frente, em ritmo moderado, revezando-me com o Alex. Na subida do Milharado, eis o André... em sentido contrário. Abdicara da sua iniciativa de «não parar mais» e adiante... abdicou mesmo de continuar a volta, rumando a outras paragens, provavelmente para cumprir mais a preceito o treino previsto.
No alto da Sapataria, o pelotão estava praticamente compacto e assim rolou a caminho de Dois Portos, Runa, Carvoeira e Curvel, onde iniciou a dura subida para o Parque Eólico. Na aproximação, o falso plano fez uma primeira selecção, que as pendentes iniciais da subida acentuaram. Na frente: Jorge, Torpes, «Palmeiras», Mário e eu – que, à entrada da segunda rampa, cedi à fraqueza muscular. O Mário também descaiu alguns metros em relação ao trio, que se manteve quase compacto até final. Entre os três, segundo me apercebi, as diferenças foram mínimas (ou nenhumas) e, por engano, não foram até ao final (ventoinhas), cortando à esquerda na placa... Serra S. Julião.
Mais relevante foi o facto de os restantes que subiram (Pedro, Capitão, Evaristo, Salvador, Filipe) terem tido uma prestação esplêndida, de muito bom nível.
No regresso, a partir da Merceana o grupo voltou a partir-se. Os mais fortes «foram-se», formando-se, atrás, um quinteto em que me integrei, sempre na roda, a tentar atenuar a debilidade física. Ficaram, então, além de mim, Salvador, Evaristo, Alex e Filipe.
E foi uma subida, como diz o outro, entretida! Primeiro, alguns (que me abstenho de identificar...ehe!) definiram como prioridade não deixar o Capitão reentrar, ele que metera um passo de gestão desde o início, libertando os demais. Ou seja, deveria ser quem menos se importava...
Segundo, depois de constatar que o Capitão era carta fora do baralho, o grupo não demorou a atiçar-se, embora o Alex e o Evaristo fossem os mais despreocupados, colaborando no andamento. Apesar de algumas maldades, o quinteto manteve-se compacto até ao Sobral e assim atacou a subida para o Alqueidão, onde, na parte final, o Salvador acelerou definitivamente, levando apenas o Alex na roda. Os restantes ficaram, com o Filipe a acusar o esforço.
Mas foram poucos os metros que se perdeu (perdemos) e quando nos juntámos a todo o pelotão (que aguardava no alto) passámos... directos! Aproveitando o vento favorável, meti o comboio, do Alqueidão a Bucelas, à média de 50 km/h! Foi divertido, como é sempre descer ali, a alta velocidade e com muito pedal, mas não foi, para mim, certamente, boa ideia. A partir dali, kaput!
A caminho do Tojal, o inesgotável Mário definiu, por defeito, o meu estado: «Também estás num dia mau?» Pior que isso, meu caro, muito pior!

Notas importantes:

A hora de partida da Clássica da Serra da Estrela (www.classicaserradaestrela.blogspot.com) foi antecipada
para as 8h00, no mesmo local da Covilhã (parque estacionamento
do McDonalds)

A volta da próxima semana será a da Abrigada. Mais informações em breve.

quinta-feira, agosto 19, 2010

Domingo: Serra S. Julião (Parque Eólico)

No próximo domingo (dia 22), a volta é a da Serra de S. Julião, com a sua já famosa subida ao parque eólico da Carvoeira. O percurso tem cerca de 94 km e além desta ascensão não é propriamente acessível.
As principais dificuldades estão no troço Bucelas-Vale de S. Gião, na subida do Milharado (de Póvoa da Galega), na aproximação e dura «trepadela» ao alto da Serra de S. Julião (2,2 km a 7%, com rampas acima dos 15%) e no regresso, da Merceana para o Sobral e da Seramena para o Alqueidão. Ou seja, recomenda-se alguma contenção. Tanto mais, que as andanças da Clássica do Cartaxo ficaram para trás e terão deixado marcas - como em mim!

Nota: já está confirmado o local para banhos no final da Clássica da Serra da Estrela (www.classicaserradaestrela.blogspot.com): será no Centro Desportivo da Covilhã, por trás do Hospital. Não terá custos.

terça-feira, agosto 17, 2010

Clássica do Cartaxo: a crónica

O sucesso da edição de 2010 da Clássica do Cartaxo reforça a popularidade deste tipo de voltas, de cariz «especial», no nosso calendário velocipédico. A divulgação e o êxito destas realizações têm cativado maior número de participantes, catapultando-as para cada vez mais próximos de um estatuto invulgar em organizações de ciclismo amador, não-oficial ou federado.
Primeiro destaque: para a média horária superior a 35 km/h num percurso de 144 km e desnível acumulado de 1120 metros, reflectindo o esforço elogioso de um pelotão de cerca de 30 ciclistas.
Segundo destaque: o comportamento colectivo exemplar, em desportivismo, camaradagem e espírito de superação, que nunca estiveram em causa mesmo perante a imensa competitividade.
Factores que marcaram a toada desde a partida de Loures, tornando-a veloz com a ajuda do relevo favorável e da ausência de vento castigador. Até ao Cartaxo, cumpriu-se excelente média de 35 km/h, a fixar, logo a meio do percurso, o que seria o registo final. E evidencia o aumento de intensidade na segunda metade do traçado, onde se concentram as principais dificuldades desta Clássica.
Após um prolongado pacifismo, a partir do Cartaxo começaram as movimentações, explorando a sucessão de topos da variante para Aveiras. O pelotão ameaçou partir-se, mas apesar de algumas vezes rolar bem estirado, manteve-se compacto, assim se conservando até Alcoentre apesar de esporádicas tentativas de fraccioná-lo. Depois, o ritmo abrandou na iminência da primeira dificuldade do dia: o alto da Espinheira.
Abordagem cautelosa ao duro quilómetro de subida, com ataque do André nos metros finais, após ligeira aceleração minha nos derradeiros 300 metros. A resposta mais efectiva partiu do Freitas, disposto a não dar um palmo ao «puto». O pelotão reagiu prontamente e a alta velocidade não demorou a fechar o espaço.
Este primeiro movimento a sério foi uma espécie de ignição para os quilómetros seguintes, em que se sucederam ataques e contra-ataques na perspectiva de provocar alguma fractura no grande grupo. Apesar dos 41 km/h de média até ao Carregado, marcados por um frenesim que teimava em não parar, o pelotão não permitiu fugas. E na aproximação à segunda dificuldade do trajecto, para Arruda, o figurino modificou-se.
Chegava a altura de (eu) ser chamado ao «trabalho», marcando o «Tempo» à frente do grupo principal, com a valorosa ajuda do Pedro (Sporting) nas fases mais rolantes. Os registos demonstram o empenho: o meu pulso oscilou entre as 160 batidas, de Alenquer ao Carregado, e as 174 (!!), até ao ponto mais alto da ligação à Arruda. Até aqui, a média deste o Carregado foi de 34 km/h.
À entrada de Arruda, as quedas do Gonçalo e de um dos elementos dos Duros do Pedal, ambas em rotundas, refrearam o ímpeto do pelotão, que aproveitou para abastecer de líquidos.
A paragem indispensável, dadas as necessidades, revelou-se inoportuna devido à... localização – precisamente no início da subida de A-do-Barriga, palco de novas e ainda mais fortes movimentações. Por isso, houve quem pagasse a factura do choque.
À entrada da fase mais inclinada da subida forcei o ritmo, servindo de lançamento ao segundo ataque do André. O Freitas voltou a ser o único a segui-lo e ambos «cavaram» algumas dezenas de metros. Mas o pelotão não concedeu mais espaço, conduzido, à vez, por um ou dois elementos (um Carb Boom e outro dos Duros) que lançaram a perseguição que só se consumou no final da descida, nas imediações de Alverca – praticamente no sopé do Cabeço da Rosa.
Enfim, a selecção final! Nas primeiras rampas desta curta mas íngreme subida houve um elemento que ganhou cerca de 20 metros, mas cedo viria a pagar o esforço. À passagem pelo viaduto da CREL já o André e o Luís (Duros) o tinham ultrapassado. O André força o ritmo e isola-se, deixando o Luís para trás e obrigando o Rui Torpes a responder, ele que se mantinha protegido na minha roda. Ambos, o André e o Torpes, isolam-se definitivamente e dobram o topo com avanço consolidado (cerca de 20/30 segundos) sobre um quinteto que se formou nos primeiros metros da descida da Romeira: Luís, eu, Paulo Pais, Mário BTT e o Jorge. Este último, com um furo lento, teve de abdicar logo a seguir.
O meu registo pessoal reflecte bem o «calor» da subida: 2 km a 7,5% em 6m53s à média de 185 pulsações e 18 km/h. Mais expressivo: menos 23 s que o meu anterior melhor tempo! Depois de o desgaste a que tinha sido submetido, não restam dúvidas que se tratou de um caso invulgar de superação. Mas mais impressionante ainda: os dois «cavalinhos» da frente devem ter passado abaixo dos 6m30s – provando que, naquele momento crucial, foram os mais fortes (*) do pelotão de bravos guerreiros que se fez à estrada.
Até ao final, em Loures, o ritmo não baixou. Os 41 km/h de média do quarteto perseguidor não foram suficientes para alcançar os fugitivos, que deverão ter ainda aumentado ligeiramente a vantagem. No único contacto visual, na variante do Tojal, era de cerca de 40 segundos.
Os restantes participantes, apesar de distanciados após o calvário da Rosa, não demoraram a concluir o seu inexcedível esforço. Depois das elevadíssimas exigências da jornada, o mais compensador foi terminá-la. E todos o fizeram em grande estilo. Parabéns!

(*) Não posso deixar de enaltecer mais uma extraordinária prestação do Mário, com a sua BTT, por constituir um «handicap» inquantificável face às ligeiríssimas máquinas de estrada. Tem feito hábito nos últimos domingos, mas continua a impressionar! Enquanto se mantiver fiel ao seu «tractor», o seu desempenho será sempre de uma «classe» à parte.

Informa-se, desde já, que a Clássica do Bombarral (outra das que promete, após os elogios recolhidos na sua 1ª. edição, em 2009), marcada para dia 29 de Agosto, foi adiada para data a definir, em virtude da proximidade da Clássica da Serra da Estrela, no fim-de-semana seguinte (dia 4). No seu lugar haverá uma volta igualmente a definir.

Entretanto, no próximo domingo, realiza-se a volta da Serra de S. Julião, com a sua famosa ascensão ao Parque Eólico da Carvoeira, habitual chegada de uma das etapas do GP Joaquim Agostinho.

E continua a contagem decrescente para a Clássica da Serra da Estrela. Todas as informações em classicaserradaestrela.blogspot.com

quarta-feira, agosto 11, 2010

Domingo: Clássica do Cartaxo

No próximo domingo há Clássica. Logo, jornada de maiores exigências. É a 2ª. edição da Clássica do Cartaxo! A distância ronda 140 km e a hora de partida de Loures (bombas da BP) às 8h00.

O percurso é o seguinte: Loures, Tojal, Alverca, Vila Franca, Carregado, Azambuja, Cartaxo (p/ Aveiras pela variante), Aveiras de Cima (dir. p/ Alcoentre), Alcoentre (esq. p/ Alenquer), Espinheira, Alenquer, Carregado (à dir. p/ Arruda), Arruda (p/ Alverca), A-do-Barriga, A-dos-Melros, Alverca, Cabeço da Rosa, Bucelas, Tojal, Loures.

Informações úteis:
1- Ao chegar ao Cartaxo, vira-se logo na 1ª rotunda à esquerda; seguindo até à terceira rotunda. Nesta vira-se à esquerda para Aveiras de Cima, pela variante. Entre a entrada no Cartaxo e Aveiras são 10,5 km.

2 - Em Alcoentre, à saída, vira-se na primeira rotunda à esquerda para a Alenquer/Espinheira.

3 - A passagem por Arruda faz-se pelo caminho habitual. Da estrada do Carregado, vira-se à direita junto à cooperativa vinícola e depois na próxima rotunda à esquerda. Passar pelas lombas e os semáforos, antes de pequena subida. Na 1º rotunda segue-se em frente, em direcção ao Centro de Saúde e Escola (nova rotunda), descendo-se para 3ª rotunda (Praça de Touros/Mata) e desta, ainda em frente para 4ª rotunda. Aí é, vira-se à direita para Alverca, por A-do-Barriga e A-dos-Melros.

4- A passagem em Alverca faz-se por trás da urbanização da Quinta da Formigueira (viragem à direita junto à Telepizza); cerca de 300 metros adiante novamente à direita para o viaduto da A1 e imediatamente à esquerda para a estrada da Proverba (Bom Sucesso) até ao cruzamento da Nacional 116, virando à direita p/ Cabeço da Rosa.

5- Nunca é demais recordar que, por ter categoria de Clássica, a volta tem características diferentes das «normais» de domingo. A principal é a ausência de neutralizações predefinidas (normalmente, aguarda-se após um troço selectivo), a não ser que sejam decididas pelo «colectivo», pelos seguintes motivos: furo, queda, necessidades fisiológicas, incluindo paragem para reabastecimento de líquidos - que será imprescindível com o calor que se feito sentir. Neste último caso, os locais não são pré-estabelecidos. No momento, de acordo com o desenrolar da «situação», decide-se.

Clássica da Serra da Estrela - faltam 22 dias!

Entretanto, continua a contagem decrescente para a Clássica da Serra da Estrela. Os interessados começam a aumentar. Aguarda-se que muitos mais se juntem, à partida da Covilhã, no próximo dia 4 de Setembro.
Exclusivamente para a divulgação do evento criou-se o «blog» específico, para consulta e troca de informações. O endereço é classicaserradaestrela.blogspot.com

segunda-feira, agosto 09, 2010

Crónica da Carnota

A malta está em forma e não «consegue» andar devagar. Esta expressão ouviu-se amiúde no seio do grupo na disputada volta de ontem, domingo, que teve o seu «ponto quente» na subida de Santana da Carnota. Por isso, após constantes momentos de grande intensidade, pedia-se quem «soubesse andar devagar», mas foi desejo concretizado apenas nos quilómetros finais com traiçoeira chuva de Verão.
As pulsações começaram a subir (e se o clima abafado não bastasse...) ainda antes da primeira subida do dia, Alverca para A-dos-Melros, por iniciativa do João do Brinco na condução do pelotão. Óptimo ritmo (em Alverca a média ultrapassava os 32 km/h), antes de abdicar à passagem por Alverca, tomando um atalho que o levou à Carnota mais rapidamente.
No grupo principal, o Freitas tomou o comando e fê-lo com ímpeto, marcando o «Tempo» na maior parte da subida para A-dos-Melros, antes de ser substituído pelo Jorge e, na fase final, pelo camarada do Sporting (Kuota), quando nem o terreno mais plano permitiu reduzir o esforço. Resultado: uma boa apalpadela à maioria dos elementos do pelotão.
Em bom andamento desceu-se para Alhandra e rolou-se até Cadafais, onde se inicia a longa subida para a Carnota, primeiro em falso plano e só os últimos 3 quilómetros mais duros. O Freitas voltou a tomar as rédeas após o Carregado e iniciou a subida na liderança do grupo, que cerrou fileiras na sua roda. O Pina (atravessa uma boa forma sem precedentes) e o Gonçalo (sempre activo e empenhado) ainda passaram pela frente, fugazmente, mas o maior volume do trabalho esteve a cargo do Freitas, que o terminou, esgotado, ainda a 2/3 km do início da subida. Nessa altura, teve no voluntarioso Jorge (sempre em elevado nível!) seguidor à altura, conduzindo o pequeno grupo que se seleccionou a alta velocidade! Demasiado cedo para o que ainda faltava. Por isso, na subida, quando o André, a cerca de 1 km do alto, lançou o primeiro ataque, o Contador de Alverca não pôde responder. Apenas eu e um estreante trepador da Carb Boom (parecem cogumelos, sempre a nascer...) conseguimos alcançá-lo, após uma tenaz recuperação, mas, ao segundo esticão, a 200 metros do alto, foi irresistível.
Mais tarde, a chegada ao Forte do Alqueidão (da Seramena) serviu de ensaio a uma iniciativa do duo Paulo Pais-Mário que vingou no início da estrada da Tesoureira, após um excelente trabalho do Salvador (que está a passar uma boa fase, em que a sua influência é, para si, efectivamente compensadora) na descida do Sobral, à frente do pelotão.
A perseguição ficou a meu cargo, contando com precioso auxílio do Gonçalo nas descidas. Com a fuga controlada, a junção deu-se a cerca de 1 km de Casais da Serra, onde o André voltou a acelerar sem oposição do já muito restrito grupo. De resto, acabei eu por responder. Depois do topo, o Freitas ganha alma e atrás dele os que se ainda de aguentavam!

No próximo domingo realiza-se a Clássica do Cartaxo, na distância de 143 km. Desde já, está confirmada a presença dos nossos camaradas Duros do Pedal, de Massamá, e certamente, de uma representação de respeito do Ciclismo2640, de Mafra. Vamos recebê-los com a reverência que merecem!
Recorde-se que a hora de partida é às 8h00, das bombas da BP em Loures.

Entretanto, começa a contagem decrescente para a Clássica da Serra da Estrela. Os interessados começam a aumentar. Aguarda-se que muitos mais se juntem, à partida da Covilhã, no próximo dia 4 de Setembro.
Exclusivamente para a divulgação do evento criou-se o «blog» específico, para consulta e troca de informações. O endereço é classicaserradaestrela.blogspot.com

Bons treinos!

quarta-feira, agosto 04, 2010

Domingo: Santana da Carnota

No próximo domingo, a volta é a de Santana da Carnota. O percurso, de 100 km, tem características similares ao da Carvoeira (Sra. do Ó), que foi «corrido» no passado fim-de-semana. Tal como este, é de sobe-e-desce, com algumas ascensões para «lidar»: A-do-Barriga (de Alverca por A-dos-Melros); Santana da Carnota, Forte do Alqueidão (da Seramena) e Casais da Serra (da Tesoureira). Ainda assim, também há terreno para rolar: de Loures a Alverca; de Alhandra para Cadafais (Carregado), e nas longas descidas de S. João dos Montes (para Alhandra), Forte do Alqueidão (para cruzamento Tesoureira) e de Casais da Serra para Bucelas.


Algumas dicas úteis:
Alerta-se para o facto que, no alto da A-do-Barriga, o percurso seguir para Alhandra (à direita) e não para Arruda (à esquerda), como poderá induzir em erro, em virtude de ser o caminho mais curto e lógico. De resto, já houve ocasiões em que o pelotão, após se fragmentar na subida desde Alverca, escolheu caminhos opostos e provocou desencontros irremediáveis. A sugestão, para evitar lapsos (porque há sempre alguém que não sabe o traçado...), é cumprir uma neutralização no alto.
Outro local onde poderá haver enganos é na ligação à Tesoureira, a partir da descida do Sobral, no cruzamento à direita pouco depois da Quinta do Paço. O que por vezes sucede, é que com o ímpeto e a velocidade da descida (e já alguma vontade, naquela fase avançada da tirada, de chegar a casa...), passa-se o local directamente para Bucelas.


terça-feira, agosto 03, 2010

Crónica da Carvoeira

A volta do último domingo, Carvoeira (Sra. do Ó), foi interessante e bastante concorrida, destacando-se a presença, a partir da Venda do Pinheiro, dos mafrenses do Ciclismo2640, sem do seu mentor Manso «Cancellara».
Quando o pelotão principal que partiu de Loures foi interceptado pelo grupo encabeçado pelo camarada Paulo Pais - e que incluia o Rocha, o Jonas, o Sérgio e o Marco Silva, a maioria em excelente forma! -, já vinha algo «tocado» da longa subida desde Bucelas, realizada a ritmo irregular e acima do (que considero) recomendável para início de volta com traçado tão acidentado. Assim, a chegada de novos elementos coincidiu com período de desejada (e consequente) acalmia e até Mafra só foi interrompido, como é habitual, na passagem de Alcainça à Abrunheira.
A subida da Carvoeira para Mafra, pela Sra. do Ó, foi o momento alto da tirada, em disputada ascensão entre meia dúzia de ciclistas, mas outros contribuíram para o desfecho com igual mérito. Algum estímulo acrescido resultou de uma curiosa situação: o Rui Torpes apresentou-se com estreante equipamento da Pina Bike, que logo ao arranque de Loures motivou algumas farpas no seio do pelotão. Eram oriundas da surpresa... quase geral.
No entanto, essa indumentária acabou por transformá-lo em chefe-de-fila (as suas reconhecidas capacidades atléticas justificam-no) para a principal subida do dia, beneficiando de improvisado trabalho de equipa. O Freitas foi o impulsionador e reuniu as tropas em poucos metros, já em pleno atravessamento da Ericeira, onde encorajou, primeiro, o Salvador «Viveiros de S. Lourenço» a um trabalho de grande nível na condução do pelotão até bem dentro da subida da Foz do Lizandro (Pobral). Em seguida, o próprio substitui-o e manteve o andamento vivo – e ainda mais ao entrar na subida em ritmo altamente selectivo. Após as primeiras centenas de metros, abriu para que eu entrar ao serviço, no intuito de levar o já reduzido grupo em «alta rotação».
O Torpes, apesar de se ter antecipado no ataque (por desconhecimento da subida), conseguiu uma consolidada vantagem após a gradual quebra dos seus perseguidores (Jorge e Marco Silva, os principais) mas acabou por se deter numa das primeiras rotundas, ainda antes do final da subida. Por isso, os mais destacados reagruparam-se (além daquele trio, o Sérgio, o André e eu), mas por meros instantes, porque as forças já eram escassas para manter a unidade em nova aceleração nos derradeiros 500 metros. Média da subida: 27 km/h!
Mais tarde, na agreste ligação entre Igreja-a-Nova e Alcaínça voltou a haver forte movimentação, agora com a participação do Paulo Pais e do Mário (com a sua... BTT). A correria manteve-se até à Malveira, numa espécie de «forçar, forçar até partir...», que elevou a intensidade e a adrenalina aos píncaros.Finalmente, o grupo mais restrito que desceu para Bucelas não perdeu o ímpeto e demonstrou que nesta fase da temporada o nível de forma global está bem elevado.
Espera-se que a aprimorar para as estimulantes Clássicas do Cartaxo (no dia 15) e da Serra da Estrela (4 ou 5 de Setembro).

No próximo domingo: Santana da Carnota